Tudo sobre epilepsia canina

Você sabe qual é a causa mais comum de convulsão em cães? A epilepsia. Doença crônica do sistema nervoso central, a epilepsia é caracterizada pela atividade elétrica anormal das células nervosas cerebrais. Essa descarga anormal e excessiva no cérebro do animal resulta em crises convulsivas, cujas causas nem sempre são conhecidas. Nesse texto, explicaremos os principais aspectos da doença. Confira:

Quais os sinais que antecedem as crises?

Tratando-se de epilepsia, o comportamento do animal diz muito. Portanto, os tutores devem estar sempre atentos a eventuais mudanças. É possível que cães se comportem de maneira atípica dias ou horas antes de uma crise. Inquietação e ansiedade são alguns dos sinais de alerta. Prestes a convulsionar, os animais tendem a fazer movimentos repetitivos, como andar de um lado para o outro. Eles também apresentam lambedura e salivação em excesso, vômitos, entre outros.

Como saber se um animal está convulsionando?

As crises causam alterações neurológicas e motoras. Na epilepsia idiopática, as convulsões podem ser generalizadas ou focais. A mais comum é a generalizada. Nela, a musculatura do animal é afetada pela descarga elétrica cerebral, que ocasiona o enrijecimento dos membros. Então, inicia-se um período de contração e relaxamento alternados, resultando em movimentos bruscos, como os de remanda, por exemplo.

A convulsão focal é menos frequente e atinge, como o nome sugere, regiões específicas do corpo. Um animal sofrendo uma convulsão focal pode ter espasmos da musculatura, tanto facial quanto de algum membro, virar a cabeça de um lado para o outro, alucinações, entre outros. Essas manifestações podem fazer com que os cães desenvolvam comportamentos anormais, como mastigar as patas ou perseguir a cauda. Em alguns casos, existe a possibilidade de uma convulsão focal se transformar em generalizada.

Apesar de serem geralmente breves, as crises podem ser bastante intensas. Na grande maioria dos casos, o animal permanece inconsciente durante a convulsão. A primeira crise normalmente ocorre enquanto o cachorro ainda é jovem, entre seis meses e três anos. Isso quer dizer que cães mais velhos não correm o risco de desenvolver epilepsia? Não. Pode ser que a primeira convulsão ocorra após os cinco anos de idade.

Não há como estabelecer uma frequência para as crises, mas os intervalos costumam ser regulares. A doença costuma acometer animais idosos de forma mais acentuada e com intervalos menores entre as convulsões.  

Diagnóstico e tratamento

Todas as informações que os tutores puderem relatar ao veterinário responsável auxiliam no diagnóstico da epilepsia. Se o seu animalzinho teve um episódio de convulsão, fique atento à duração da crise e às possíveis alterações de rotina e comportamento.

Os dados fornecidos pelos tutores, aliados a outros exames – físicos e laboratoriais – complementares, que devem ser solicitados pelo vet, irão auxiliar no diagnóstico da epilepsia. Por que as informações e os exames são tão importantes? Para que o profissional descarte transtornos que também podem causar convulsões, como doenças virais ou bacteriológicas.

A epilepsia não tem cura. O que pode ser feito é o controle das crises por meio de medicamentos. Com a introdução dos fármacos, o objetivo é reduzir a frequência e a severidade dos ataques. Entretanto, nem todos os cães que sofrem com a doença precisam dessa intervenção.

Como prevenir?

Pouco se sabe sobre as causas da epilepsia. Sendo assim, também não há uma forma clara de prevenção. Isso ocorre porque não é possível descobrir especificamente a causa da epilepsia. Muitas vezes a epilepsia tem um fundo genético.

A dica é: observe o comportamento do seu bichinho. Se notar alguma diferença, agende uma consulta. Se ele convulsionar, procure um veterinário imediatamente. Importante! Durante as crises não tente intervir. Mantenha as mãos e outros objetos longe da boca do animal, para evitar mordidas e outros acidentes.

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